Estamos muito ocupados, sem tempo e sem paciência para descobrir o outro, aceitar seus defeitos, criar laços de gentileza, escutar e olhar no olho.
Estamos com pressa em devorar o outro, sugar suas qualidades, viver momentos inesquecíveis em tempos cada vez mais curtos. Não temos disponibilidade para amar, conhecer, ser benevolente, ter empatia, vibrar com o crescimento diário das mudanças que o outro se propõe depois que te conheceu.
Há uma paixão avassaladora que toma os dias e o ar e depois se vai, assim como veio, sem pretensão, sem desejo, apenas saciando e preenchendo nomentaneamente aquele vazio que perdura dentro de nós.
Não sabemos mais amar, porque amar é diário, amar é compartilhar dores, pedir ajuda, é pegar na mão e hora conduzir, hora ser conduzido. É conversar horas a fio, ohar com compaixão para o sentimento do outro, é passar dificuldade, é chorar livremente no colo do outro, acreditar na palavra, é sentir-se feliz com a felicidade do outro. É morar no abraço do ser amado e sentir-se amparado, respeitado e acreditar que tudo vai ficar bem.
E isso meus amigos, não se constrói em terreno líquido, mas na solidez da entrega dos nossos valores e crenças àquele que amamos para juntos caminhamos nessa vida.